A Nova Rota do Oeste e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) assinaram um convênio
para desenvolver um sistema que usa Inteligência Artificial para modernizar a detecção de
imperfeições no pavimento e sinalização da BR-163.
O programa pretende ‘escanear’ a rodovia por meio de análise de imagens e identificar trincas e
buracos na pista, além de vegetação alta, condições de drenagem ou placas e demais sinalizações
que tenham sido avariadas, com objetivo de iniciar as obras e reparos com agilidade e proporcionar maior segurança viária.
O projeto utiliza a metodologia de Machine Learning, técnica que ensina computadores a
identificar padrões por meio de análise de dados. O sistema poderá reconhecer automaticamente
patologias na rodovia usando imagens registradas por câmeras de alta resolução 360º, Line Scan e
perfilômetro a laser acopladas em uma van da Concessionária, adaptada exclusivamente para esse
trabalho. Os resultados serão convertidos em alertas para que as equipes de conservação tomem
as medidas necessárias de forma rápida para melhorar a BR-163.
Rheno Tormin, gerente de Pavimentação e Controle Tecnológico da Nova Rota, explica que
atualmente as análises são feitas pelas equipes de inspeção que fiscalizam a rodovia de forma manual, 24h por dia. “A nossa rodovia possui um intenso tráfego de veículos pesados, por isso
estamos constantemente acompanhando e detectando a necessidade de melhorias na estrutura
viária. Com o sistema em funcionamento vamos acelerar as obras de manutenção e sanar os
problemas encontrados, gerando mais confiança para o trabalho de fiscalização da Concessionária.
O ganho para a segurança viária é enorme”.
O professor de Engenharia da UFMT, Raoni Teixeira, é um dos responsáveis pelo estudo e elogiou a
parceria com a empresa. “É um trabalho que a universidade vem tentando a fazer há algum tempo
e agora com a Nova Rota temos os recursos para desenvolver”.
O projeto conta com engenheiros de Machine Learning da Concessionária, além de oito estudantes
dos cursos de Engenharia de Computação e Ciência da Computação da UFMT, que atuam na
execução dos algoritmos e no desenvolvimento do aprendizado do sistema.
“É um ecossistema onde todos saem ganhando. Empresa e universidade juntas solucionando
problemas que farão a diferença na vida de quem usa a rodovia”, avalia Thiago Ventura