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Após decreto de calamidade pública na saúde de Cuiabá presidente do TCE rebate prefeito

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), assinou em coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (8), decreto de calamidade pública no âmbito da gestão administrativa assistencial e financeira na saúde pública da Capital. O prefeito argumenta que a situação da saúde pública é crítica por conta da atuação da equipe de intervenção do Governo do Estado, que esteve à frente da pasta da saúde de março a dezembro de 2023.

No entanto o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, declarou que a Prefeitura de Cuiabá divulgou informações truncadas sobre os óbitos no Hospital São Benedito durante a intervenção. O local passou por vistoria nesta quinta-feira (8) pelo chefe do órgão fiscalizados.

Ele argumentou que o aumento no número de pacientes falecidos não pode ser atribuído à falta de capacidade do hospital. Segundo ele, a unidade passou por uma mudança de especialização e recebeu mais pacientes ao longo dos nove meses da medida administrativa.

Sérgio Ricardo enfatizou a importância de não apresentar informações imprecisas, sugerindo que os gestores que desejem apresentar denúncias ou reclamações deveriam fazê-lo diretamente ao Ministério Público, ao Tribunal de Justiça ou outras instituições envolvidas no processo, em vez de recorrer à imprensa para tentar influenciar a opinião pública.

“Não adianta ficar jogando informações truncadas, equivocadas. O Tribunal de Contas sabe o que fez, o que está fazendo e sabe o que vai fazer. Quando algum gestor quiser denunciar, reclamar, pode chegar lá ao Ministério Público, ao TJ (Tribunal de Justiça), instituições que estão no processo. Não precisa jogar informações na imprensa para buscar convencimento”, disse.

O prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário de Saúde, Deiver Teixeira, haviam divulgado anteriormente que 91 pessoas faleceram no Hospital São Benedito entre março e dezembro do ano passado.

O conselheiro Sérgio Ricardo esclareceu que, antes da intervenção, o hospital atendia principalmente pacientes ortopédicos, com uma taxa de ocupação de leitos de 60%. Durante a intervenção, houve uma mudança para atendimento cardiológico, resultando em um aumento na ocupação.

Ele afirmou que a informação divulgada pela prefeitura estava incorreta, destacando que o hospital estava praticamente vazio antes da intervenção e ainda assim registrou óbitos.“O hospital mudou de perfil e lotou, com tratamento de alta complexidade. A informação [da prefeitura] não é naquele aspecto que foi colocado, está incorreta. Era um hospital praticamente vazio [antes da intervenção] e mesmo assim morreram 100 pessoas”, afirmou.

*Fonte: O Documento

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