sábado, julho 27, 2024
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Atleta busca vaga em Jogos Paralímpicos após perder tudo nas enchentes do RS

Vanderson Chaves, atleta paralímpico da esgrima, está na busca por vaga para Paris-2024. Ele contou com ajuda após perder tudo nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Nesta segunda (20) se comemora o marco de 100 dias para os Jogos Paralímpicos.

Vanderson está em São Paulo e participa do Regional das Américas e da Copa do Mundo. No total, 17 atletas brasileiros —12 no masculino e cinco no feminino — lutam por pontos no ranking que ajudam a garantir vagas nos Jogos Paralímpicos.

O paratleta contou com auxílio para conseguir equipamentos para disputar os torneios. Ele é do Grêmio Náutico União e já representou o Brasil em Tóquio-2020 e na Rio-2016.

Consegui alguns equipamentos com o clube, e ganhei algumas coisas do pessoal dos Estados Unidos. A CBE [Confederação Brasileira de Esgrima] e o CPB [Comitê Paralímpico Brasileiro] vão dar roupas novas, e eu consegui comprar uma roupa de jogo. É um sentimento ruim de estar vindo pra competição sabendo como está a situação do Rio Grande do Sul. Mas sou atleta, tenho de seguir em frente. Tenho essas últimas competições e tenho boas possibilidades de estar em Paris.

Vanderson atua na esgrima em cadeira de rodas, classe B. Ele é de Porto Alegre e sofreu um acidente com arma de fogo em 2008.

Ele mora no andar térreo e saiu do prédio após os avisos da Defesa Civil no bairro. Vanderson conta que a moradia encheu de água e ele perdeu tudo.

“Saí de casa no sábado dia 4, quando a Defesa Civil anunciou que tinha que sair do bairro. No dia seguinte, começou a chover muito forte e alagou todas as ruas. A minha casa está embaixo d’água. Eu moro no térreo e a água chegou no segundo [andar]. Eu estou na casa de familiares”, conta.

Vanderson iniciou uma campanha online para arrecadar fundos para reconstruir a casa e a carreira. “Ainda tem água lá em casa. Vou esperar baixar para poder entrar no condomínio e ver o tamanho do estrago. A ideia é usar o valor que for arrecadado para poder começar a comprar algumas coisas para casa”.

O paratleta deixou Rio Grande do Sul por via terrestre e rumou a São Paulo em voo que saiu de Santa Catarina. Esse tem sido um roteiro comum aos atletas que precisam deixar o estado em meio à tragédia. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, só deve reabrir em setembro.

*Fonte: Uol

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